Este é o meu espaço para escrever sobre coisas que fazem parte das minhas horas, meus poemas, meus textos, meus pensamentos e todas as coisas que fazem parte do meu eu. Um pouquinho de cada.
domingo, 19 de setembro de 2010
32...
Fiquei pensando nesse meu aniversário e quando vi as mensagens vindas de tantos lugares do mundo, de pessoas que amo tanto ... meus olhos se encheram d'água, não era tristeza, era alegria por ter tanta gente querida me desejando coisas boas, lindas... passei meu aniversário com a casa cheia, amigos novos...com novas histórias, risos e uma grande amiga ao meu lado dividindo isso comigo.
Não preciso de nada mais nesse mundo porque carrego dentro do meu coração uma quantidade infinita de amizades lindas, independente, de onde estejam.
Sou uma dessas pessoas que podem fechar os olhos e agradecer porque amo a tantas pessoas e todas me amam também, e além disso tudo, carrego no peito um amor pela vida, a vontade de amar, mais e mais, sempre... Como fiquei feliz de ver minha casa cheia, de ganhar rosas dos meus alunos, de ver tanta gente me desejando coisas boas...
É demorei muito pensando no que é saudade, lembrança... mas vi que tudo isso é o que me ajuda a ser quem sou... semeadora de flores... de sorrisos...
Obrigada a todos... aos meus velhos e novos amigos.
Isso é ser feliz.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Verdadeiro.
Tinha tanto medo que ficava sentada ouvindo o barulhinho das folhas.
Sonhava. Imaginava. Até dizia.
Acreditava que um dia seria capaz de soltar-se.
Mas olhava para seus pés e eles estavam cravados.
Ah!!! Como tinha medo... um medo dolorido, pesado.
Seu sorriso era pra todos, menos pra ela.
E no seu cantinho, quieta, ía engolindo aquele chorinho triste.
Ninguém poderia imaginar que a rosa queria ser borboleta.
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Teoria da Louça
há momentos em que a vida da gente parece uma pia suja
passamos por ela e só de pensar em lavar um copo, morremos de tanta preguiça
vamos acumulando, empilhando pratos e talheres daquilo que já foi
quando não aguentamos mais aquela sujeira toda
aquele não entalado
aquele sim consumido
o cheiro azedo de tudo que está velho, passado, podre
pegamos a bucha, o detergente e começamos com o primeiro prato
e tirando a sujeira, ensaboando, lavando
sentindo a leveza da água, seu frescor
vamos colocando tudo em ordem
a pia tal qual o coração vai se libertando de tudo que não presta mais.
ao final, o trabalho é recompensado
tudo que cheirava mal, apodrecido, velho
escorreu para longe
já não te pertence
está limpo
mãos secas
tempo dedicado
vida limpa
pratos prontos para uma nova iguaria
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Caminhos
Assim, sentía-se, perdera a si mesma.
Não tinha certeza de quem era
Quais eram seus sonhos.
Se estava ali por vontade própia.
O corpo pesava, também perdera a leveza.
Era triste. Estava só.
Queria encontrar a si própria.
Essa era a felicidade que tanto desejava.
Por onde começaria?
Teria que enfrentar a dura jornada para dentro de si.
Sem pressa, sem medo.
Começaria limpando o coração.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Setembro
Meu ano novo.
A primavera anuncia sua chegada com seus lindos presentes:
aromas, colorido, borboletas indo pra lá e pra cá.
São dias de uma nova etapa.
Decisões, doloridas ou não.
Uma brisa leve vem chegando... um coração cantando feito passarinho depois da chuva.
A paz, enfim, pode ser real. Não sonho.
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Adeus
Você acabara de ir embora, e eu aqui fiquei.
Queria um abraço de despedida.
Um sorriso dizendo que volta.
Mas, você pegou sua pequena mala vermelha.
Sem dizer adeus, se foi.
Caminhando pela rua, sem olhar para trás.
Eu fiquei sentanda na calçada, sozinha.
Esperava um momento de adeus.
Meu coração sabia que já não me pertencia mais.
Então, chorei.
Flores
mas não as quis.
Fiquei com o coração apertado e choroso
Ele queria um pouco de atenção e carinho
E você?
Me disse um grande e feio NÂO.
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Corações
Tantas vezes partira
Deixava marcas e, logo, desaparecia.
Nela, apenas as lembranças.
Saboreava cada uma delas
Sentindo o coração bater por cada momento vivido
Beijo dado
Corações partidos.
Imaginava-se voltando, mas, jamais o faria.
Sua vida era formada pelos "ir", nunca, pelos "voltar".
Sabia, exatamente, o significado da palavra saudade.
Era parte de seu coração, era um pouco ela.
Alma brilhante, coração inquieto... corpo passageiro.
Nunca ficaria.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Algumas vezes, dizia sim. Mas queria um não, grande e pesado.
Outras, dizia não. Mas desejava um sim, doce e livre.
Gostava do jogo das palavras, perdia-se na imensidão dos desejos, sonhos.
Para ela, o mundo não deveria ser simples, deveria ser uma brincadeira eterna de símbolos, enigmas e, cada um deveria ir desvendando o outro. Ninguém a desvendara.
Presa em seu universo, ficava inventado sonhos. Decifrando olhares, gestos, andares.
Um dia, numa tarde quente, em que todo o mundo está silencioso, deparou-se com o mais belo olhar, como poderia ser tão simples, tão profundo e real.
Atormentou-se, sentiu-se perdida, quando os olhares se cruzaram, sentiu-se nua, sabia que alguém acabara de encontrar uma das chaves de seu coração.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
princípio...
Seus óculos, a cadeira e a sacola de praia.
Seu corpo não era o mesmo, tinha marcas de uma dura caminhada.
O coração: um músculo pulsante, triste e vazio.
A alma: pesada, cheia de sonhos petrificados.
Desceu as escadas e, ao final, percebera que havia esquecido o caderno e o lápis, presentes de um velho amigo.
Pensou...
Hoje, não escreveria.
Cruzou a rua e viu a imensidão daquele mar, daquele azul e dourado, brigando para ver quem era o mais belo do dia: ambos.
Seu lugar como sempre, vazio. Sentia um alívio quando via seu local preferido sem ninguém. Sentou-se e, ali, sozinha, quieta, ficou vendo as vidas serem.
Há quanto tempo não falava? Não escutava a sua própria voz? Passava horas e horas escrevendo todos os dias, sempre só. Acostumara com não falar e, pronto, agora era muda.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Silêncio
Alguém falando lá na rua.
Uma moto businando.
Um barulho de folhas.
Um sinal apitando.
Carro que diminui e, logo, continua.
O mundo gira, grita, mostra sua existência.
O silêncio é dela.
Fica parada, olhando... tentando escutar alguma coisa do coração.
Um gemido... um choro, uma vontade... mas o silêncio está marcante.
Pesado. Frio.
Assustador.
Em que momento deixou-se silenciar?
Em que parada, onde deixou sua bagagem repleta de barulinhos... aqueles que ficavam cantando dentro dela, alegremente...
Seu sorriso é real?
Suas lágrimas são de quem? Pra quem? Por quem?
Cadê a menina de olhos vivos? Tagarela?
Fazendo barulho pra vida, com a vida.
Quieta. Medrosa. Triste.
Se perdeu?! Em que momento?
Sente lá longe um barulinho de gota caindo...
É dentro dela. É nela.
Ainda não desistiu... são sonhos escorrendo.
É preciso encher as garrafas... todas.
Será um mapa?
terça-feira, 29 de junho de 2010
Tempo
Amanhã nunca existe
Ontem nunca existiu
Hoje é algo que deixa de existir passado um segundo
E assim vai seguindo
De repente, ela se encarou no espelho
viu olhos cansados
tristes
e ficou se perguntando onde estava a menina?
ela acreditara em flores, sonhos e até no amor
Acendeu o cigarro e foi para a varanda
Ficava pensando em quando deixaria de existir.
essas angústias todas, realmente, são verdadeiras?
Ainda acredita em algo?
Continuava ali, sentada.
Nada passava pela cabeça, mas sentia uma dor pesada no peito.
Os monstros, todos, estavam de volta, rindo da cara dela
Dizendo o quanto na passava de uma tola.... ahahahahahahah tola hahahahahahha
Olhou, então, para as mãos... marcas de sua existência nesse caminho... um corte no dedo a fazia lembrar que, sim, estava viva... que vida vem levando?
Está sempre insuportavelmente irritada, passa diante do mar e vê apenas um monte de água... até ele perdeu a beleza perante seus olhos,,, ela que fora amante da lua, apaixonada pelo mar...
onde está o frio na barriga? aquele mesmo das paixões.
Se deu conta de sua apatia, mas não conseguia se quer chorar. tola. fato. tola.
Entrou. sentou. viu o relógio passando... horas... ela não era vida, não sentia a vida.
o vento lá fora anunciava chuva.
lentamente tirou a roupa e foi esperar por essa chuva. sentiu o corpo molhado. sentiu frio. nada. o coração continuava quieto. deixara de existir?
molhada. sozinha. ficou com os olhos para o mar. sentiu uma leve tristeza. ainda existia um resto de vida, triste, mas vida.
terça-feira, 4 de maio de 2010
domingo, 2 de maio de 2010
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Primavera
Os canteiros exibiam as mais lindas flores.
Era primavera.
Cores, borboletas, cheiro bom.
Passarinhos vinham cantar pra lá e pra cá.
No canteiro mais lindo e cuidado do jardim
havia uma pequena flor quase sem pétalas, seca.
Ela olhava toda aquela alegria e chorava
Queria fazer parte dela, estar feliz, ser linda.
Não entendia por que estava assim
sequinha, sem cheiro, cinza.
Uma borboleta azul que dava cambalhotas no ar
Viu aquela coisinha sem graça, até insignificante.
Tudo era tão colorido, cheiroso, alegre.
E ela... feinha que dava dó.
Decidida, foi estar com ... poderia ser chamada de flor?
- Hei! Disse a borboleta.
Envergonhada a pequena flor respondeu: - Eu?
- Claro, você. O que aconteceu com suas folhas? Por que você está tão sequinha e sem cor?
- Não sei. Um menino vinha todos os dias me aguar, conversava comigo, me dava carinho, até beijinho. Mas um dia, começou a cuidar do jardim, tirava os matinhos, colocou pedrinhas, cerca e até placa pra não pisarem aqui. Fez silêncio e chorou.
- O que foi? Disse a borboleta. – Você não gostou do jardim todo cuidado pra você? Olha como ele está lindo.
- Eu sei, disse a flor ainda com os olhos cheio d’água. – Ele cuidou tanto do jardim e acabou se esquecendo de mim, agora é primavera e estou toda feia, ninguém vem brincar comigo, vão sempre para os outros canteiros.
Então, a borboleta voou, voou, batendo as asas para alegrar aquela flor tão triste e disse: - Olha, sempre há chuva nas tardes de primavera e com a água do céu, você será a mais linda.
A flor pensou, esperou.
No primeiro dia daquela primavera, ao entardecer, choveu horas e horas.
A noite foi fresca, com cheiro de mato molhado.
Ao amanhecer, todos ficaram surpresos.
A feia e triste flor era a mais bela de todo o jardim.
Cor vermelha.
Cheiro doce.
Folhas brilhantes.
Ganhara vida com a água da chuva, agora sabia.
Já não precisava do menino para existir e ser.
terça-feira, 27 de abril de 2010
na vontade de chorar sozinha
de sentir a dor quietinha
de ficar chorando sem saber por que, por quem...
Esqueci do quanto foi lindo
ver uma pessoa querida
linda
feliz
contente
com um olhar repleto da mais bela harmonia
realizando um sonho.
Minha querida, Rafaela
Seja muito feliz, sempre.
Meu amor por você
está guardado aqui
no meio desse coração confuso, sempre
que bom,
ainda há coisas boas aqui dentro.
segunda-feira, 26 de abril de 2010
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Olhos tímidos
Ela os tinha assim.
Ficava sentadinha em frente à janela
Olhava as pessoas que iam e vinham
Admirava cada uma delas
Mas tinha medo.
Não sabia como entregar-se ao mundo.
Queria ir, ficava.
Queria dançar, parava.
Queria sorrir, chorava.
Brincando com as pedrinhas coloridas
Sonhava com o mudo do outro lado do portão.
Um dia, um pássaro desses bem cantantes chamou à pequena.
O coração pulava no peito.
Olhou o pássaro de asas azuis.
Ele disse: - Vem comigo, vamos voar!
Ela vendo o mundo lá fora não titubeou.
Foi.
Voaram por entre jardins.
Era pássaro agora.
Livre.
Cantante.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Nada de tentativas
Nada de nada;;;;;;;;;;;;;
Hoje, queria estar longe.
Queria mesmo estar caminhando por Barcelona.
Mentir, enganar... pra que?
Tô morrendo de saudade de lá
meu coração ficou o dia todo pensando
sonhando
imaginando
Eu voltaria, sim.
Por que nao????
Ficam me perguntando, me fazendo lembrar
Agora, fiquei com vontade de novo.
terça-feira, 6 de abril de 2010
seu cheiro amargo
sua cor brilhante
sua pele quente
a queria pra mim
mas ela era durona
difícil
me dizia que não, sempre não.
um dia, entreguei a ela uma caixinha
rosinha, cheia de carinho
ela olhou
olhou
nao a quis.
então, lhe entreguei um pedaço de papel
em branco
sem cheiro
nada
ela olhou
olhou
e escreveu: sim.
domingo, 28 de março de 2010
...
te sinto mais bela
e fico na espera
me sinto tão só, mas
o tempo que passa,
em dor maior,
bem maior.
quinta-feira, 25 de março de 2010
Amigas
Quando o coração está triste, sentido
Ele chora sozinho
As minhas lágrimas são as palavras
Que docemente vão me aliviando
Coração e alma
Nelas encontro o refúgio
O afeto
São companheiras que me olham
E me dizem sim
Nas noites de chuva ela senta-se a janela
Fica quieta escutando a canção
Imagina-se voando por entre mundos desconhecidos
Passeia com as estrelas
Conversa com a lua
E fica ali, sendo um pouquinho de vida
Respira o ar molhado, cheiro de mato verde
E pouco a pouco vai se encontrando
Ninguém a entende.
Mas não quer ser entendida. Apenas amada.
domingo, 21 de março de 2010
Tarde
Era uma tarde de céu azul e sol forte
Uma brisa tranquila aliviava o calor
Ela deixara se levar pelas emoções
e silenciosamente ia sendo feliz
Não pedia licença,
apenas entregava-se ao sabor da vida
Ali, sentada e feliz
Era livremente ela
sem preocupações
sem medo
em paz, encontrava o caminho da liberdade
Não queria nada mais
Apenas ser.
E era.
terça-feira, 16 de março de 2010
Sim
Baixinho
Colando minha boca na sua
Escutando sua respiração
Juntos enfrentaremos a tempestade
Fixando profundamente meu olhar no seu
Te direi que sim.
domingo, 14 de março de 2010
sexta-feira, 12 de março de 2010
Choro
terça-feira, 2 de março de 2010
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Quando menina brincava
sozinha.
Sentada na grama
com uma flor na mão
Mal me quer, bem me quer.
Cantarolava baixinho.
Ninguém a percebia.
Vestido florido. Cabelo escorrido.
Quando mulher chorava
sozinha.
Sentada na cama
com uma foto na mão
Mal me quer, Sempre mal me quer.
Chorava escondidinho.
Ninguém a via.
Vestido florido. Cabelo escorrido.
Era o que restava à pobre menina.
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Resposta àquele que evita colher as flores
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Ser passarinho
Vi um passarinho voando
Senti inveja.
Queria eu ser passarinho
ficar cantando sem pressa
e sair voando
por paisagens desconhecidas.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
História triste de beija-flor.
Via as visitas passarem pelo jardim fingindo-se não existir.
Era a única florzinha roxa dali.
Cada manhã, o beija-flor sedutor vinha roubar-lhes um beijo.
Contentes, as flores recebiam
com as pétalas abertas ao amante.
Ela não. Era diferente.
Sonhava. Imaginava-o só para ela.
E com medo, fechava-se todinha.
Pela noite, abria-se para a lua.
Ali, trocavam confidências.
Queria tanto ser amiga das flores.
Mas todas, exibidas, zombavam dela.
E ela chorava, um chorinho silencioso.
Só a triste lua a escutava.
Um dia, a senhora grande e gorda apareceu.
E com um cesto grande de vime
arrancou do jardim todas as flores.
As rosas imponentes e de um cheiro
doce foram as primeiras.
Eram para a sala mais linda da casa.
Margaridas para a salinha de visitas.
Azaléias para a porta de entrada.
A senhora a olhou. De que lhe serviria aquela florzinha roxa?
Onde a colocaria? Não a quis.
O jardim perdeu suas cores. Só sobrou ela.
Pequena e fechadinha.
Não escutando a tagarelice alegre das flores pela manhã
abriu-se. Ninguém.
O beija-flor ao chegar, deparou-se com o jardim todo vazio.
A viu por primeira vez.
Tinha um perfume tão adocicado quanto o mel.
Suas pétalas de veludo.
Era toda linda.
Perguntou-lhe, então:
- Quer um beijinho?
Ela, envergonhada, olhou-o fixamente e disse:
- Será sempre meu?
- Sim. Disse ele, hipnotizado pela beleza daquela pequena.
- Aceito um beijo terno.
O beija-flor a beijou. Sentiu seu corpo paralisando-se, as asas lentamente deixavam de bater.
Era o veneno.
Pobre beija-flor. Morreu de amor.
Havia dado o mais sincero de todos os seus beijos.
A flor não sabia de seu poder. Fechou-se.
Nunca mais voltaria a abrir-se.
Em noites de lua,
por breves momentos, abria-se
para chorar por aquele beija-flor
que fora inteiramente seu.
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Menina lá no céu
Brincava com as estrelas
Sorria, feliz.
Ele preocupado com o jardim
não a viu partir.
Foi indo, indo.
Agora, estava ali
sentada nas nuvens
conversando com o luar
Já não podia mais voltar.
Ele sabia. Só lhe restava chorar.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Una canción
Te invito a esta canción
Para que sigamos bailando juntos
La canción es bella
y no es para una sola persona
yo en el centro del salón
sigo sola
Te has alejado
Ves? Las miradas, todas, son para mí.
Pero, tu ya no me miras más
y no te das cuenta
de que la canción sigue y
me gusta bailar
ya no ves, ya no me sientes
Hasta cuando diré que no?
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Convite
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
sonho
Juntos dançaríamos
Até o anoitecer
Seríamos só nós, nas estrelas
Triste saber que é apenas sonho,
Lindo. Mas sonho.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Angústia
Abre a porta, senta-se.
Com olhos grandes e dominantes.
Sarcástica.
Nao pede licença.
Não pergunta se pode.
E ri.
Muito.
Começa com seu jogo cruel.
Sabe da força de sua presença.
Me domina completamente.
Me paralisa.
Me olha.
Meu corpo vai endurecendo.
Tento correr. Fugir.
Mas não posso. Estou totalmente petrificada.
Não adianta lutar contra ela.
Peço para que se vá. Mas ela fica.
Então, começa a sua canção.
As horas vão passar.
E eu?
Só me resta chorar.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
domingo, 31 de janeiro de 2010
Menina
Ai, menina!
Quando olho para os teus pés descalços
Sinto vontade de te abraçar
Linda
Olhos parados
Há uma solidão neles
Te levaria inteira para casa
Te daria carinho, amor
E quem sabe, numa tarde de sol
Te levaria para ver o mar
Sentados, admiraríamos
a silenciosa canção.
Nossos corações já não precisariam
de mais nada.
Ali, seríamos.
Picolé
sábado, 23 de janeiro de 2010
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Aflição
É isso?
Corre para um lado
Corre para o outro
Perdida.
Todas as janelas estão fechadas.
Falta ar.
Faz calor.
Tudo escuro.
Um grito de dor.
O coração se debate inteiro.
Quer sair, ser livre.
Mas está preso.
Megeras
Ficam entaladas na garganta.
O corpo se debate todo
A angústia domina
Quer gritar. Dizer.
Não consegue.
Fecha os olhos
Nada.
Dentro apenas dizendo: sim.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Paralisia
Sentiu-se paralisada
Tinha medo de seguir
Seu coração dizia que sim.
Mas o medo a dominava e não ia.
Ficava.
Ali estava. Olhando o mundo a sua volta.
Quietinha.
Um passarinho cantava.
Olhava para trás e tinha tanta vontade de continuar.
Uma chuva caiu.
Molhada deu o primeiro passo.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Ratas
Elas passam por mim correndo
Como ratas cruzam entre meus pés, pernas.
Quero pegá-las. Preciso escrever.
Fogem. Riem de mim.
Sinto-me desesperada, as quero. Todas.
Olho-as fascinada.
Corro atrás de uma, me interessa.
É mais rápida. Não me deixa tocá-la.
Vejo outra, perdida.
SEDUÇÃO. Corro. Alcanço. Agarro.
A sala escura está cheia delas.
São tantas, eu só tenho uma.
Vejo outra: MEDO.
Sou esperta, a domino com toda força.
Como combiná-las?
Outra chega sorrindo para mim, é marota.
Insinua-se. Deixa que eu a pegue com facilidade.
VONTADE.
Penso.
Sedução. Medo. Vontade.
Em que momento deveria começar a escrever sobre você?
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Dias cinzas
O céu cinza as cobre
Aquele brilho lindo é coberto pela sua amargura.
Elas querem sair, brilhar
Mas pesadamente
As nuvens carregadas não deixam
E as pobres estrelinhas ficam lá, lutando
Tentando libertar-se.
Sempre há um dia de sol e noites claras.
Que bom.
sábado, 16 de janeiro de 2010
Cobra
Como cobra chegaria de mansinho
Arrastando-me até ti
E quando distraído, me aproveitaria
Subiria em teu corpo lentamente
Esfregando-me em tua pele, por entre tuas pernas
Apertando-te. Sufocando-te.
Tu serias meu, minha presa.
Sussurraria em teu ouvido palavras doces
Consumiria todo teu ser. Afogando-te em meu desejo.
As cobras nunca são boas, quando menos se espera te engolem.
Engoliria-te todo.
Dentro de mim, sugaria cada parte de ti.
Seríamos um só nessa digestão de amor.
E assim, contente, diria que agora me pertences.
Completo. Inteiro.
Como sempre quis.
Borboleta
Todos os dias a borboleta de cores azuis saía siricutear pelo jardim.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Dominante
Ela era vermelha, linda.
Seu cheiro, carinhosamente doce. O olhar dominava a todos, não tinha medo de penetrar. Chegava devagar, sorrateira, lindamente entorpecente.
Alguns desejavam ser dominados, se entregavam. Deixavam-se ser devorados por aquela boca quente, séria, encantadora. Outros morriam de medo. Debatiam-se, negavam aquela dominação, mas ao final: rendiam-se e, felizes.
Era seu prazer. Consumir cada um dos seres, suas dores, vontades, desejos. Começava pelos pés, saboreava-os pausadamente, subindo até chegar a sua parte preferida: o coração.
Ali, era capaz de passar horas, sentindo, enganando, degustando um coração perdido, entregue aos seus encantos. Era deliciosamente má. Ria. Uivava, até seu grande final, consumir totalmente aquele ser.
Mas era bom.
Ser parte dela era entregar-se ao mundo dos prazeres, dos sabores, dos desejos. Os seres consumidos gozavam por serem, estarem dentro daquele buraco infinito de sensações. Já não havia dois, somente um. Um ser de amor, de compaixão, de cumplicidade.
Logo, a defecação. Ela contente a procura de mais um.
Os seres? Merda como todas, fétidas e podres.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Escrevo tentando descamar-me, cada palavra é pele que vou retirando de mim mesma. Algumas saem facilmente, livres, aliviadas por serem retiradas.
Outras doem. Estão apegadas, coladas, não querem despertencer-me, são partes do meu ser, são eu.
E nesse processo, elas vão sendo tiradas ao vento, vou espalhando um pouco de mim, querendo ser acolhida. Cuidada.
Assim, vou descobrindo-me.
Rosas amarelas
Era uma tarde quente, seca. As folhas estavam estagnadas, nada se movia.
Ela estava sentada na varanda, olhando àquele jardim cheio de cores, silencioso e acidamente perfeito.
As flores precisavam de água, ela de vida.
Desceu até o jardim e começou a aguar as rosas, lindas, amarelas. O perfume lentamente tomava conta do seu pulmão, mais ainda, do coração. Quis ser flor.
Começou a molhar os pés, e sentiu aquela água fresca escorrer por entre os dedos, a poeira descia pela sandália. Molhou as pernas, das coxas a água ia escorrendo quente, molhando o pedaço da saia, seu coração sentia-se aliviado.
Acabou a água. Foi flor.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Continuaçao
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Doce...
É um dia silencioso, os pássaros cantam baixinho, as folhas se movem lentamente e a chuva vai caindo sem querer atrapalhar.
Trata-se daquele dia para ouvir o coração, que vai falando bem devagar o que quer, quase não o ouço, tenho que respirar devagar, pois escutá-lo não é terefa fácil, mas ele vai se abrindo e contando coisas que estavam guardadas na caixa das lembranças, me pede para que veja o agora, viva sem medo.
Há um longo caminho a seguir, só não sei qual escolher...
Saudade é a palavra.