quarta-feira, 14 de julho de 2010

Ela não era fácil. Seu coração sempre estava trancado.
Algumas vezes, dizia sim. Mas queria um não, grande e pesado.
Outras, dizia não. Mas desejava um sim, doce e livre.
Gostava do jogo das palavras, perdia-se na imensidão dos desejos, sonhos.
Para ela, o mundo não deveria ser simples, deveria ser uma brincadeira eterna de símbolos, enigmas e, cada um deveria ir desvendando o outro. Ninguém a desvendara.
Presa em seu universo, ficava inventado sonhos. Decifrando olhares, gestos, andares.
Um dia, numa tarde quente, em que todo o mundo está silencioso, deparou-se com o mais belo olhar, como poderia ser tão simples, tão profundo e real.
Atormentou-se, sentiu-se perdida, quando os olhares se cruzaram, sentiu-se nua, sabia que alguém acabara de encontrar uma das chaves de seu coração.

Um comentário:

  1. Rapido

    Para !
    Nao posso aceitar o nao que me pausa.
    A pausa, onda no meu barco,
    Mar que derruba minha Pisa,
    sou artista, sou pirata, Davinci Monalisa,

    Para !
    Sorri, aceita carisma ...
    oh ... musica! Pontuada na seminima,
    Acorde sem tercina,
    sorri, aceita minha sina.

    Para !
    Minha inspiracao. Poeta sem rima,
    palavras sem cancao.
    Solfejo moderato, cantado
    ou matado. Poeta sem enigma.
    Sem fim, sem outro dia.
    Sem tempo, sem tempo !
    Sem tempo, sem tem,
    Sem te.
    Sem.

    Rapido, Para !

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