Ela não era fácil. Seu coração sempre estava trancado.
Algumas vezes, dizia sim. Mas queria um não, grande e pesado.
Outras, dizia não. Mas desejava um sim, doce e livre.
Gostava do jogo das palavras, perdia-se na imensidão dos desejos, sonhos.
Para ela, o mundo não deveria ser simples, deveria ser uma brincadeira eterna de símbolos, enigmas e, cada um deveria ir desvendando o outro. Ninguém a desvendara.
Presa em seu universo, ficava inventado sonhos. Decifrando olhares, gestos, andares.
Um dia, numa tarde quente, em que todo o mundo está silencioso, deparou-se com o mais belo olhar, como poderia ser tão simples, tão profundo e real.
Atormentou-se, sentiu-se perdida, quando os olhares se cruzaram, sentiu-se nua, sabia que alguém acabara de encontrar uma das chaves de seu coração.
Rapido
ResponderExcluirPara !
Nao posso aceitar o nao que me pausa.
A pausa, onda no meu barco,
Mar que derruba minha Pisa,
sou artista, sou pirata, Davinci Monalisa,
Para !
Sorri, aceita carisma ...
oh ... musica! Pontuada na seminima,
Acorde sem tercina,
sorri, aceita minha sina.
Para !
Minha inspiracao. Poeta sem rima,
palavras sem cancao.
Solfejo moderato, cantado
ou matado. Poeta sem enigma.
Sem fim, sem outro dia.
Sem tempo, sem tempo !
Sem tempo, sem tem,
Sem te.
Sem.
Rapido, Para !