sexta-feira, 27 de março de 2020

Poesia

Para que serve a poesia afinal de contas?
Neste momento, a poesia aquece meu coração.
Emociono-me, choro lendo versos, escutando poemas...
Eu li "A poesia é levar a alma para uma valsa", exatemente, a poesia seja em versos, no céu azul, no sorriso de alguém, enche o peito da gente de uma delicadeza intensa.
As lágrimas caem aliviando as dores que estavam atormentando o peito.
Eu sinto uma necessidade de poesia como eu sinto fome, sede...
A poesia me alimenta.
Nem só de pão vive o homem.
Eu preciso me alimentar de versos, abraços, de você, do azul do mar e do céu.
Preciso comer as noites estreladas, a lua no mar.
Preciso beber o vinho da música, do teatro.
Eu me alimento de prosa, de arte, de abraço e você. Alimento-me do seu colo, do seu cheiro, do seu olhar.
Minha fome é constante porque desejo a vida, os sorrisos soltos e largos em dias de chuva, de sol, de sal...
A poesia, assim sendo, é para mim meu alimento diário.

terça-feira, 24 de março de 2020

Choro!!!

Chorei!
Hoje sentei no meio da sala e chorei! Chorei muito! Chorei pelos lugares em que estive! Chorei por tudo que vivi até aqui! Chorei de saudades da Laís! Chorei pela música que eu escutava. Chorei! Chorei com um misto de gratidão e medo... porque minha vida, até aqui, tem sido incrível. Entre porradas e voos leves, tem sido incrível. Levei cada tombo, cada decepção com pessoas, com a própria vida... comigo mesma!

Eu sou durona! Intensa! Brava! Forte! Sensível!!!! Mas hoje, limpei meu coração de todas as lágrimas presas! Eu as prendo o tempo todo, estou sempre querendo mostrar a minha força para mim e para o outro, para o mundo... Provando que sou capaz... a pessoa que mais quero provar que posso, que sou essa fortaleza toda, sou eu mesma.

Na minha cabeça, eu devo a mim ser tudo isso de força, de coragem! Eu sou, tenho uma certeza absoluta disso ... mas chorei para sentir, para me permitir sentir que tenho medo, que sinto falta, que preciso de colo... e foi libertador chorar. Parece uma dessas besteiras completas e frases clichês de autoajuda, mas foi! Olhei pra mim e disse a mim mesma: não está tudo bem, pode chorar! Se quiser chorar, chore!!!
Depois de tantas lágrimas, olhei para o teto da sala, para tudo em volta e fiz o que sempre faço com os tombos da vida: levantei, tomei um banho, olhei para o espelho e respirei fundo. Só. Ponto. Respirei fundo.

Cada um neste momento deve estar enfrentando as suas lutas, seus medos (ou não). Uma coisa eu tenho certeza: eu preciso muito de um abraço da vida, do mundo, das estrelas e de mim mesma.


No entanto... como é difícil nos abraçar!

quarta-feira, 18 de março de 2020

Escrever

Às vezes, penso qual o mistério das palavras, qual é a magia que elas carregam. Codificamos sentimentos, sensações, dores e alegrias existentes na alma.
Ou inexistentes?
São reais?
Ou pura imaginação?
As palavras passam correndo por nós, riem..., principalmente, quando não conseguimos agarrá-las e colocá-las organizadinhas, cada qual em seu devido lugar para representar aquilo que pensamos, ou inventamos.
Aquilo que fingimos sentir.
Ao escrever, torno real tudo que se passa em mim. Será?
Ou invento tudo aquilo que gostaria de sentir? Engano a mim? Ou a você, leitor? Tenho leitores?
Tenho quem me leia? Duvido.
Grito sem fazer barulho.
Na tapeçaria de minha existência, uso as palavras para me codificar.
Não preciso que me decodifiquem.
Se é preciso ser. Sou nesse emaranhado de letras combinadas entre si.
Sou. Sem mais, sou.

Estar só na multidão
Estar só dentro de si
Há solidão!

Alguém

Alguém caminha por aí em busca de mim
Eu caminho por aí em busca de alguém
Ele vira para a esquerda
Eu, para a direita.

...

Olho para todos vocês
Penso: mesquinhos.
E eu: louca.

CINZA GELADO

No cinza do teto
daquela sala gelada
eu senti as flores
crescendo em mim
desejei cores
vida
vida
vida

Plural



PLURAL
ESSA
COISA TODA
DE
QUERER

Chegar

Quando você chegar
pode ser que a porta
esteja totalmente fechada.

Não bata!

Não vou abrir.

Você terá que dar a volta.

Quem sabe?!

Ou não entrará. Não estou preparada.

Já não escolho enlouquecer!

Poeme-me

Na imensidão de mim mesma
Perdi-me
Despedacei-me
Reconstruí-me
Na imensidão de mim mesma
Amei-me!