sábado, 27 de junho de 2009

Nada

No fundo eu só queria ter coragem de me abrir, queria entender porque tenho tanto medo de dizer as coisas, o que será que aconteceu que acabei ficando assim?

Não consigo! Fico com um medo, que toma conta de mim e no final, depois de corroer minha cabeça e alma, sempre, acho que a culpa é toda minha e que sou muito infantil, que meus problemas não valem nada, apenas estou fantasiando coisas e criando minhocas na cabeça, estou?

Outro dia, uma amiga me disse que eu tinha que surtar, gritar e arrumar uma briga bem grande, só assim me sentiria leve, será que é isso mesmo?

Acho que sim, não entendo por que por pior que me sinta, por mais que me doa e mesmo com o coração em pedaços, no fim de tudo, eu acabo engolindo seco e ficando com tudo pra mim, aprendendo a lidar com cada coisa amarga. Por quê?

Por que faço mal a mim mesma com medo de fazer mal ao outro, por que prefiro chorar sozinha e depois de tudo, dizer: “Não é nada”. Essa é a minha clássica frase, encontro forças não se sabe de onde e sempre respondo isso, nada... E esse nada é um turbilhão de coisas, de anos, guardando tudo pra mim, cada coisa que passei, cada grito que engoli, cada decepção, cada vontade que tive de dizer tudo, no fim... O velho conhecido... Nada.

Será que sou fraca? Sou falsa comigo mesma? Por que me engano?

Lembro de coisas que passei e sempre foi assim, lembro de momentos e pessoas que tive vontade de dizer o quanto me decepcionaram, o quanto me fizeram sofrer.

Por que? Que medo é esse que me domina?

Outro dia, fiquei assim, as palavras presas na garganta, senti uma dor tão grande, o coração batia acelerado, suava muito e as palavras dando volta na minha boca e o único que consegui fazer foi chorar... Há muito não chorava como aquele dia, chorei com ânsia de choro, de soluçar e tive vontade de ir embora, pra bem longe e lembrei que eu já fui pra bem longe, mas voltei e agora me sinto sem saída, pra onde vou correr? Sinto-me muito, mas muito sozinha, não falo o que sinto pra ninguém e, claro, sinto-me perdida, pra dizer uma coisinha me custa horas de ensaio, e algumas vezes repito tanto o que estou sentindo pra mim mesma que acabo achando que já não vale a pena dizer pro outro.

Meu caderninho está cheio dessas palavras, todas as que fiquei guardando pra mim, é sempre assim, se estou feliz ou triste escrevo. Acho que é a única coisa que consigo fazer quando a tristeza e a agonia tomam conta de mim, escrever e nem sempre tenho coragem de mostrar pra alguém, claro.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

A verdade é que estou me sentindo muito mal, com vontade de chorar, sair correndo, gritar e dizer tudo aquilo que me sufoca.
ESTOU CANSANDA
QUERO ME SENTIR BEM COMIGO
EU TAMBÉM SINTO RAIVA
EU TAMBÉM CHORO DE ÓDIO
EU TAMBÉM TENHO DIREITO DE FICAR ASSIM, COM RAIVA... E MUITA

TENHO QUE ME EXPLICAR TODO O MOMENTO?
TENHO QUE SORRIR TODO MOMENTO?

QUE SACO... SINTO SAUDADE, SINTO VONTADE DE FICAR SOZINHA, SINTO VONTADE DE ME SENTIR QUERIDA.
E QUERO TIRAR ESSE URSINHO AÍ DE BAIXO.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Feliz dia dos namorados!!!


Que pode uma criatura senão,
senão entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Que livro é você?

Essa foi a resposta do meu teste:

"Antologia poética", de Carlos Drummond de Andrade

"O primeiro amor passou / O segundo amor passou / O terceiro amor passou / Mas o coração continua". 

Estes versos tocam você, pois você também observa a vida poeticamente. E não são só os sentimentos que te inspiram. Pequenas experiências do cotidiano – aquela moça que passa correndo com o buquê de flores, o vizinho que cantarola ao buscar o jornal na porta – emocionam você. Seu olhar é doce, mas também perspicaz. 
"Antologia poética" (1962), de Drummond, um dos nossos grandes poetas, também reúne essas qualidades. Seus poemas são singelos e sagazes ao mesmo tempo, provando que não é preciso ser duro para entender as sutilezas do cotidiano.

Estou de acordo...

terça-feira, 9 de junho de 2009

segunda-feira, 8 de junho de 2009

“Eu disse a uma amiga:
— A vida sempre superexigiu de mim.
Ela disse:
— Mas lembre-se de que você também superexige da vida.
Sim.”
Clarice Lispector

Sapão

Eu sempre fui dessas pessoas que se cala, também nunca gostei muito disso, mas aprendi a calar, a devorar todo o instante desordenado, triste e digerir lentamente e encontrar dentro de mim a resposta, muitas vezes, tenho vontade de sair gritando, exigindo, berrando pelos quatro ventos o que não quero, não gosto, mas não, eu me calo... e na maioria, o sapo é tão grande e pesado que preciso ficar deitada, quieta, para conseguir a digestão.
Acho que por isso ando mal do estômago, o sapo que tenho aqui dentro é muito grande...