segunda-feira, 21 de maio de 2012

A tristeza não deve fazer parte de nós

Embora ela chegue de mansinho ou com toda força
A tristeza não deve ser parte de nós
Nascemos para ser livres
Voar
Olhar as estrelas
Amar
Sermos
A felicidade deve ser parte de nós, não o contrário

Mas nos vemos abraçados a tristeza
Ela fazendo parte de nós
do café da manhã
do banho
da cama
dos sonhos

Como nos livramos dela?
Tomando decisões.
Dói olhar para si e ver uma alma que chora
Um coração que pede abraço
O sorriso que não vem

Cabe a nós. Mas e o outro?


sexta-feira, 18 de maio de 2012

Acostumar-se

De repente
a dor não causa mais efeito
Acostuma-se
as lágrimas já não caem
Acostuma-se
o sorriso se apaga
Acostuma-se
o abraço não vem
Acostuma-se

Então, percebe-se que os dias vão passando e a tristeza é parte da correria, do almoço, da chuva, dos sonhos

A felicidade passa a ser um sopro leve em dias quentes, que não vem, que não aparece

E a alma torna-se cinza, acostumada a falta de cor, mas não morre, não vive.
Simplesmente, acostuma-se.


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Coração e rosa

Na pequena e delicada tarde
Um coração chora
Quer o silêncio
Deseja o beijo da flores

Então, a rosa, vermelha, imponente
Lhe dá um beijo
Seus espinhos o perfuram.
Morre.

Pobre coração machucado, sangrando pedia por mais e mais beijo.



terça-feira, 1 de maio de 2012

"Poemar"

Invenção do verbo "poemar"

Eu poemo
Tu choras
Ele sorri
Nós somos
Vós amais
Eles acreditam


Sorrir

Sorrir sempre
Para cada segundo do não

Sorrir sempre
Para derreter a angústia

Sorrir sempre
Para dissipar a solidão

Sorrir sempre
Para ser inteira, sem rima, sem solução
Entregar-se

"Ser-se"

Para mim, eu, comigo, eu... SER plena para o que olha.