terça-feira, 18 de setembro de 2012

34

Eu dei adeus aos meus 29 pela primeira vez aqui no blog.
E hoje estou dando adeus aos 33 e seja "bienvenido" meus 34.

Eu choro, me emociono e sou muito grata.
Agradeço minhas lágrias, sorrisos, stress, sonhos, felicidades, abraços, carinhos, brigas, desejos... eu sou: eu.
Camila Leite Campos e agora com meus 34 anos!!!!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Calmaria

É como o sol depois do temporal
Chove muito
Há destruições
Alagamentos
Lágrimas
Coração triste

E quando a chuva para
Um brisa leve bate
O sol volta a brilhar

Claro, tudo desordenado
Mas há uma sensação tranquila
Sem medo
Sem angústia

Apenas o sol quentinho

Cheiro de flores
E o canto do passarinho

Então, é olhar o peito assim
E começar a respirar,
Quem sabe até
Sonhar

Calmaria...

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Lágrimas

Quem lê, conhece um pouco...

Disseram que o poeta era um fingidor,
Não sou poeta.
Sou eu.

As lágrimas andam rolando com facilidade
Não é tristeza
Não é felicidade
É um pouco do eu

Dizem que perto do aniversário
ficamos mais sensíveis, talvez.
Muitas lágrimas estão caindo

Eu queria o colo do meu pai
Os abraços da Natália
Dormir na cama com minha mãe
Ficar falando até de madrugada com a Rafaela
Minha vó me olhando sem eu saber por qual motivo
Eu queria um pouco de cada um
Queria meus amigos
Queria aquilo que não sei por onde deixei
Queria... será que não quero mais?

Quero muito. Quero tanto. Apenas quero. É tudo que quero.

Por que tantas lágrimas, esse choro de onde vem?
É saudade.
É falta.
É o olhar de quem sabe que acabou.
De quem vê o prato, a casa, vazia.

E quando algo acaba, aceitar resulta, claro, em lágrimas.
Tenho muito o que chorar.


quinta-feira, 13 de setembro de 2012

palavra

Difícil encontrar a palavra certa
Talvez dor? medo?

Quem sabe... eu sinto, mas não sei
Eu sonho.

Tudo está muito longe
Felicidade em doses
Um sorriso aqui, ali
E solidão.

A palavra é solidão.
Choro.
Lágrimas.
Saudade.


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Não é nada...

Como começar, se não é nada?
Uma pequena dorzinha lá no fundo
Ou será a pontinha de tantas saudades

Há saudades? Ou uma única e dolorida saudade?

Vamos vivendo, sim, o cotidiano nos chama para tantos compromissos
Acordamos
Vamos e voltamos
Mas sem mais, nos olhamos no espelho e lá no fundo, bem no fundo
nos encaramos
Sabemos da verdade. Conhecemos aquele segredo escondido atrás do nosso olhar.
Como seria bom respirar fundo e deixar-se levar
Mas um algo que diz, menina... fantasias não existem, sonhos encantados, muito menos... pode esquecer, viu... a vida não é aquela do cinema.
É esta aqui. Um dia cinza, um dia colorido, e tudo, simplesmente tudo, depende de você, nunca, nunca, nunca do outro.
Ahhhhh... quanta angústia, tristeza, alegria, vontades tudo atrás desse olhar.

Quem nos conhece? Nós.
Não, eu.
A alma cheia de coisas, hora feliz, hora triste, só uma pessoa é capaz de entender, ou de enlouquecer.

EU.

Volto a olhar para o espelho, mas por que não se pode viver daquele jeito do filme de domingo? Com aquele romantismo do filme do menino bonito? Por que tudo está lá do outro lado...
Que lado, menina? Daquele lado da montanha, do outro lado da esquina.
Fácil, porque lá do outro lado mora o mistério.
Você não é mais menina para acreditar em fadas e sonhos encantados. Então estou morrendo e não estou me dando conta.
Ou estou, somente agora, vivendo?
Esta é a realidade?
Eu quero as histórias de todos os livros que li, todos os filmes que vi...
Pobre menina!!!!
Até que um anjo azul de lindas asas a pegou pelas mãos e a levou para as estrelas.

domingo, 2 de setembro de 2012

Solidão

Sentir-se só tendo uma lista grande para ligar
Sentir-se só tendo uma infinidade de pessoas conectadas
Mas de repente,
SOLIDÃO

Você olha para si mesma
E o peito se enche de lágrimas
O coração procura respostas
Não encontra
Luta! Luta para estar bem
Busca aquela paz

Mas encontra lágrimas e sente medo

Será que não saberá nunca encontrar a delicadeza da felicidade

Ou a felicidade está lá nas nuvens, longe... cruzando o mar,
perto de alguma ilha perdida?

Bastaria um simples olhar para toda essa tristeza se dissipar






sábado, 1 de setembro de 2012

Passarinha


Ela era uma passarinha muito bonitinha
Sabia cantar
Atrevida
Mandona
Engraçadinha

Sempre estava de um lado para outro
Gostava de ficar conversando com as flores
Tomava chá com as abelhas
Dançava, sempre, com as borboletas

Era a passarinha mais divertida daquele lugar

Tinha um problema
Sério
Via tudo cor de rosa

Será que era isso?
Aquela alegria toda?
Muito passarinho se incomodava
Até aquele verde, metido que só

Um dia chegou muito feliz
Tinha ido cantar em outro lugar
Ninguém sabia onde

Estava impossível, cantou o dia inteiro
Pulou
Brincou
Jogou
Fez de tudo um pouco

Foi então que pegaram-na

Num dia de chuva forte e fria

Passaram um produtinho sem graça e gelado
em seus olhos

Ela piscou, abriu e fechou os olhinhos
E deu um pio tão alto que todos se assustaram
Nada mais era rosa
Tudo cinza
Apresentaram-lhe ao mundo.


Chorou muito. E logo, muda.


Abertas

Há momentos em que as feridas se abrem
Um banho de mar dói
Um sopro então...

Nesse momento
Só nos resta esperar


Tempo
Cura
Seca

Sempre haverá a cicatriz

Mas ela dói apenas na alma
com as lembranças