sábado, 9 de maio de 2009

“No lugar das linhas, borrões”

Cheguei em SP há duas semanas, dias produtivos em que a pulguinha ficou me dizendo o quanto tenho que aprender.
Mas de tudo que vi e escutei uma frase mexeu muito comigo, foi na conferência da Professora Norma Discini (minha antiga professora da graduação).
“No lugar das linhas, borrões”, usou a frase pra explicar uma poesia...
Para mim: Significa que há algo, ainda que de modo dissimulado, nada é previsível.
O borrão nasce de acontecimentos: a gota da chuva, o café que caiu, algo que manchou a continuidade das linhas, são ruins as manchas?
Talvez sim, ou não.
Significa que saímos da mesmice, deixamos de ser previsíveis. Quero eu ser previsível? Quero eu ter uma vida como as linhas de um caderno, certas? Ou quero deixar que as linhas façam curvas, cortem, manchem...
É bom a brisa quente e tranqüila no final da tarde, o azul calmo do mar. No entanto, é o furacão que tira tudo do lugar, derruba, afasta e nos faz arregaçar as mangas olhar para dentro e voltar a construir, assim, sabemos que somos capazes de reconstruir, de fazer, e isso prova que estamos realmente vivos.

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