Sabes que eu te tocaria agora, não?
Como cobra chegaria de mansinho
Arrastando-me até ti
E quando distraído, me aproveitaria
Subiria em teu corpo lentamente
Esfregando-me em tua pele, por entre tuas pernas
Apertando-te. Sufocando-te.
Tu serias meu, minha presa.
Sussurraria em teu ouvido palavras doces
Consumiria todo teu ser. Afogando-te em meu desejo.
As cobras nunca são boas, quando menos se espera te engolem.
Engoliria-te todo.
Dentro de mim, sugaria cada parte de ti.
Seríamos um só nessa digestão de amor.
E assim, contente, diria que agora me pertences.
Completo. Inteiro.
Como sempre quis.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMuito bom! Lembra um pouco Florbela Espanca (gosto muito!) mas tem um erotismo que dá uma malícia e uma dinâmica envolvente. Muito bom mesmo!
ResponderExcluirAlbino.
PS. O comentário anterior (deletado) foi meu também, mas estava com a identidade de meu irmão.
Olá!
ResponderExcluirLindos poemas!
Envolventes!
E tem algo muito peculiar de força interna, de subjetividade transformada em palavra.
Adorei os textos!! Essa mulher vai longe!! beijo, Silvia
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